agosto 02, 2010

Mais do Mesmo


Rolland Emmerich, cineasta de Hollywood, nos últimos tempos tem atraído os olhos de milhares de espectadores no mundo inteiro com os chamados "efeitos especiais" que são utilizados em seus filmes. Quem não se lembra de Independence Day, que mostra invasões alienígenas no planeta Terra? A "bola da vez" é 2012.
Podemos perceber ao longo desses anos, à luz do conflito dos séculos, constantes apelos audiovisuais, através de filmes, comerciais, músicas, campanhas ecológicas, enfim, há uma infinidade crescente de métodos midiáticos sendo utilizados (estrategicamente) a fim de causar mudanças significativas na sociedade em geral. Sempre mais do mesmo.
Evidencia-se que o ecumenismo não está restrito à religião e aos negócios entre as grandes empresas. Diante dos nossos olhos estão se apresentando elementos de cunho ecumênico crescente também no cinema. O "púlpito hollywoodiano" - que, entre outras coisas, há muito tempo prega a imortalidade do homem - dedica-se, agora, de forma mais enfática, em pregar a união de todos pelo bem comum.
Parece haver um chamado subliminar, onde devemos nos unir a fim de que possamos evitar ou minimizar o que não poderá ser revertido daqui a alguns anos.
E o cinema, sobretudo Emmerich, tem encontrado uma forma muito sutil e inteligente de levar essas ideias para dentro da mente dos homens. Grandes catástrofes e eventos, retratados em efeitos magníficos (do que deveria ser temido e não admirado), são apresentadas ao nosso estado consciente, enquanto que o nosso inconsciente é abastecido pelas perniciosas falácias satânicas.
O concupiscente olhar humano, cobiçoso por novidades (naturalmente carnal), é como a boca do peixe fisgada pelo anzol.
A "lição" está sendo apresentada, e eu diria que ela é como uma rede de pesca: pode pegar alguns peixes, mas os mais espertos conseguem escapar (curioso é que o peixe foi um símbolo para os primeiros cristãos...).
Porém, interessantemente, as mesmas mentiras básicas não se alteram - como no caso deste mais recente filme de Rolland Emmerich, 2012.
Não vou aqui entrar nos méritos da questão do calendário maia, marcação de datas, e outras nuances. Para saber o que a Bíblia diz sobre isso, e sobre outros detalhes, clique em 2012 (ao lado direito deste blog, na parte dos links).
Com tudo isso em mente, e depois de assistir ao filme 2012, tomei papel e caneta. Tinha de registrar o que havia visto, para que não esquecesse. Eis o que escrevi, com as posteriores correções...
O que o filme retrata?
A perpetuidade de uma raça indigna, salvando a si mesma pelo seu próprio esforço. Sem Deus, sozinha e independente. Se há um Deus, ele abandonou o ser humano à sua própria sorte.
Quando este mundo for destruído, e em meio ao completo caos, a raça humana será capaz de se reerguer e se perpetuar sozinha, pecadora (sem saber o que é pecado, pois perdeu a noção disso) e sem Deus (pois evolução é tida como verdade, e não fomos criados).
O que o mundo aprende sobre a palavra de Deus? Que autoridade ela tem?
Nenhuma autoridade. As profecias bíblicas são ignoradas, mal entendidas (ou sequer lidas).
O Apocalipse do mundo secularizado não se traduz etimologicamente como revelação de Jesus Cristo (Apocalipse 1:1), mas como um tratado de destruição em massa.
A Bíblia serve apenas como fonte de nomes sugestivos para o tema: Noé, arca...
Falando nisso, ensina-se também que, se Deus existe, Ele não cumpre a Sua palavra.
Pois veja: após o dilúvio, Deus prometeu não destruir mais o planeta através de uma catástrofe hídrica (Gênesis 9:11). Mesmo assim, duvidaram da palavra de Deus, e construiram a torre de Babel (Gênesis 11:1-9). No filme, o que decisivamente opera a extinção de muitas pessoas é a ação marítima, pois boa parte dos territórios são submersos e aqueles que se salvam, estão dentro das arcas. Sutilmente, estaria o púlpito de Hollywood sugerindo que a palavra de Deus não é digna de confiança?
Outro paralelo que encontro é o seguinte: aqueles que duvidaram da palavra de Deus, edificaram a torre de "Babel", de onde temos a raiz da palavra "Babilônia", o sistema falso de adoração, que leva as pessoas a adorarem a Deus da forma errada, e que por isso é descrito como opositor às verdades de Deus em Apocalipse.
No cerne de todas estas ideias expostas, estão as mesmas mentiras proferidas pela serpente (satanás) em Gênesis. Mais do mesmo de novo. São mentiras que já se perdeu a conta de quantas vezes foram contadas e, por isso, vêm se tornando incontestáveis para muitas pessoas:
1. Certamente não morrerás.
Não importa o que aconteça. O ser humano ímpio não vai deixar de existir na Terra.
2. Serás como Deus.
A humanidade é capaz de definir o seu destino independentemente.
O ponto chave da questão, isto é, a QUEM devemos adorar e obedecer ainda não foi explorado pelo cinema. O inimigo de Deus, talvez, não vá deixar que as suas "instrumentalidades" exponham abertamente as suas intenções, provocando um debate precoce. As cartas reais do jogo estão sendo mascaradas e escondidas por ele, mas os filhos de Deus conhecerão e tomarão a decisão certa, e na hora certa.
A cada ano que passa, em "banho-maria", as coisas vem evoluindo e crescendo. Os ensaios do drama decisivo da História são cada vez mais frequentes em todos os aspectos. Satanás quer preparar uma geração para aceitá-lo e recebê-lo como Cristo, sob a forma de um ser majestoso, que vem trazer paz à Terra. Do outro lado, Deus irá preparar um povo que terá o "Assim diz o SENHOR" como regra de fé até o fim.
O fim vem e todo o esquema do engano vem sendo montado furtivamente. Enquanto isso, multidões permanecem no pão e circo, plantando e edificando, como nos dias de Ló e nos dias de Noé (que ironia com o filme 2012...), cegas pelas trevas do mundo visível, esperando um brilhante futuro para um planeta carcomido há tantos mil anos e que não tem mais solução.
Não haverá arcas que salvem os transgressores no dia da ira.
Breve virá!