Até hoje eu não sei porque “cargas d’água” eu recebo e-mails do tablóide eletrônico “Megafone” de Foz do Iguaçu (PR). As matérias, pelo que eu já vi, tratam em sua maioria de política. Pois bem, para alguma coisa prestou afinal. A matéria completa está no site:
http://megafone.inf.br/modules/noticias/article.php?storyid=1079
14/11/2008 - A invasão das religiões na mídia iguaçuense
Algumas rádios de Foz do Iguaçu cedem ou vendem amplo espaço para programas religiosos. Pesquisa feita pelo Megafone mostra que três religiões têm espaço nas rádios da cidade: Católica, Evangélica e Espírita. Universo ainda pequeno para o caldeirão de mais de 70 etnias e culturas que vivem na cidade. Veja artigo do jornalista Pedro Lichtnow [jornalista e editor do Megafone] sobre a expansão da religiosidade entre os meios de comunicação da cidade.
Com a força da chamada bancada evangélica na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, as igrejas neopentecostais, graças às brechas do sistema de radiodifusão brasileiro, têm obtido cada vez mais espaço através de novas concessões ou mesmo em emissoras convencionais, que vendem tempo para seus programas religiosos. O fenômeno hoje no Brasil também é trilhado pela Igreja Católica, que dispõe de concessões de radiodifusão por todo o país.
A ascensão de ordens religiosas sob a mídia é notória, por exemplo, em várias emissoras nacionais de televisão com programas exclusivos de propagação ideológica, como Bandeirantes, Record ou mesmo alguns quadros promovidos pela Globo. Em Foz do Iguaçu, há o que podemos denominar de início da ‘invasão’ de algumas congregações e seus líderes em canais fechados e a cabo, rádios, sites ou mesmo em jornais.
Em busca de receita, os meios de comunicação encaram a entrada dessas religiões em espaços, muitas vezes, nobres, como uma forma lucrativa e altamente rentável, para enfrentar uma teórica crise econômica dos veículos de informação, com a queda de publicidade e anúncios.
Recentemente em Foz, o jornalista Venício Lima falou sobre as propriedades cruzadas, os oligopólios de comunicação e também sobre o “perigo eminente da propagação das religiões através da mídia”. Para o jornalista, a invasão dessas ordens pode ser perigosa para a sociedade, no sentido da difusão de valores morais, muitas vezes conservadores e extremistas, definidos apenas conforme o ponto de vista dos seus líderes.
...
É importante destacar que a mídia deve ser democrática e oferecer liberdade para todos os tipos de manifestações de ordem cultural ou religiosa. Vale ressaltar também que é necessário o bom senso na hora de disponibilizar espaço para instituições de força religiosa. Sabemos da necessidade de incrementar as receitas dos meios de comunicação, mas também sabemos sobre a obrigatoriedade dos veículos de informação oferecerem a pluralidade de pensamentos, de cultura, lazer e entretenimento, através da diversificação da sua grade de programação.
[Comentário de uma leitora do site]:
Foi esquecido de comentar sobre a rádio Itaipu FM que se vendeu totalmente para a Igreja Universal... Isso foi uma vergonha! A rádio só sabe pedir dinheiro, não prega o amor de Deus, só prega o quanto você pode ficar rico e próspero se doar dinheiro à Igreja... E os ouvintes da 105,7 ficam aonde? Achei um desrespeito muito grande! Decepcionadíssima!!!
O rádio, bem como a TV e os demais veículos de comunicação de massa, terá um papel muito importante a desempenhar nestes últimos tempos. A formação da opinião pública é necessária à esperada polarização. Traçar-se-á a linha divisória entre quem serve a Deus e quem não serve.
A verdade e a mentira estão sendo pregadas pelo rádio. Além do verdadeiro (caso raro), muitos "evangelhos" têm sido pregados. Tem pra todos os gostos. A teologia ou evangelho da prosperidade é a estrela da companhia.
Aqui em Tubarão, o panorama é este: há uma emissora dedicada ao catolicismo e outras três que apresentam programas católicos, evangélicos, espíritas e um programa adventista.
Em Tubarão, ouça pela Rádio Estação FM 98.3 o programa:
http://megafone.inf.br/modules/noticias/article.php?storyid=1079
14/11/2008 - A invasão das religiões na mídia iguaçuense
Algumas rádios de Foz do Iguaçu cedem ou vendem amplo espaço para programas religiosos. Pesquisa feita pelo Megafone mostra que três religiões têm espaço nas rádios da cidade: Católica, Evangélica e Espírita. Universo ainda pequeno para o caldeirão de mais de 70 etnias e culturas que vivem na cidade. Veja artigo do jornalista Pedro Lichtnow [jornalista e editor do Megafone] sobre a expansão da religiosidade entre os meios de comunicação da cidade.
Com a força da chamada bancada evangélica na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, as igrejas neopentecostais, graças às brechas do sistema de radiodifusão brasileiro, têm obtido cada vez mais espaço através de novas concessões ou mesmo em emissoras convencionais, que vendem tempo para seus programas religiosos. O fenômeno hoje no Brasil também é trilhado pela Igreja Católica, que dispõe de concessões de radiodifusão por todo o país.
A ascensão de ordens religiosas sob a mídia é notória, por exemplo, em várias emissoras nacionais de televisão com programas exclusivos de propagação ideológica, como Bandeirantes, Record ou mesmo alguns quadros promovidos pela Globo. Em Foz do Iguaçu, há o que podemos denominar de início da ‘invasão’ de algumas congregações e seus líderes em canais fechados e a cabo, rádios, sites ou mesmo em jornais.
Em busca de receita, os meios de comunicação encaram a entrada dessas religiões em espaços, muitas vezes, nobres, como uma forma lucrativa e altamente rentável, para enfrentar uma teórica crise econômica dos veículos de informação, com a queda de publicidade e anúncios.
Recentemente em Foz, o jornalista Venício Lima falou sobre as propriedades cruzadas, os oligopólios de comunicação e também sobre o “perigo eminente da propagação das religiões através da mídia”. Para o jornalista, a invasão dessas ordens pode ser perigosa para a sociedade, no sentido da difusão de valores morais, muitas vezes conservadores e extremistas, definidos apenas conforme o ponto de vista dos seus líderes.
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É importante destacar que a mídia deve ser democrática e oferecer liberdade para todos os tipos de manifestações de ordem cultural ou religiosa. Vale ressaltar também que é necessário o bom senso na hora de disponibilizar espaço para instituições de força religiosa. Sabemos da necessidade de incrementar as receitas dos meios de comunicação, mas também sabemos sobre a obrigatoriedade dos veículos de informação oferecerem a pluralidade de pensamentos, de cultura, lazer e entretenimento, através da diversificação da sua grade de programação.
[Comentário de uma leitora do site]:
Foi esquecido de comentar sobre a rádio Itaipu FM que se vendeu totalmente para a Igreja Universal... Isso foi uma vergonha! A rádio só sabe pedir dinheiro, não prega o amor de Deus, só prega o quanto você pode ficar rico e próspero se doar dinheiro à Igreja... E os ouvintes da 105,7 ficam aonde? Achei um desrespeito muito grande! Decepcionadíssima!!!
O rádio, bem como a TV e os demais veículos de comunicação de massa, terá um papel muito importante a desempenhar nestes últimos tempos. A formação da opinião pública é necessária à esperada polarização. Traçar-se-á a linha divisória entre quem serve a Deus e quem não serve.
A verdade e a mentira estão sendo pregadas pelo rádio. Além do verdadeiro (caso raro), muitos "evangelhos" têm sido pregados. Tem pra todos os gostos. A teologia ou evangelho da prosperidade é a estrela da companhia.
Aqui em Tubarão, o panorama é este: há uma emissora dedicada ao catolicismo e outras três que apresentam programas católicos, evangélicos, espíritas e um programa adventista.
Em Tubarão, ouça pela Rádio Estação FM 98.3 o programa:
“Ouvindo a Voz de Deus”
Aos sábados, das 13h30min às 15h.
Aos sábados, das 13h30min às 15h.