O Google e o fim da privacidade
O monitoramento de nossos atos na Internet, gostemos ou não, sempre ocorreu. Aliás, o monitoramento — 'lactu sensu', a espionagem — sempre existiu em termos planetários, eis que de interesse de governos e corporações.
Nos anos 90 do século passado, no borbulhar libertário da Internet, os ciberativistas se arvoravam contra o monitoramento realizado por meio de um programa chamado Echelon, o qual evoluiu para Carnivore que, por sua vez, evoluiu para não sei mais o que.
Porém, quando um programa muito mais eficiente e sofisticado de monitoramento surgiu, as vozes protestantes e panfletárias da Web perderam seu timbre e se deixaram seduzir pelo novo paradigma informático de buscas, a par deste programa superar todos os programas intrusivos desenvolvidos pelo governo américo-nortista e seus aliados. Refiro-me ao megaprograma chamado Google — uma variação da palavra gugol (lê-se “gugól”).
A homepage do Google, a mais valiosa da Web, é a mais minimalista de todas.
Na homepage do mais respeitado oráculo da deusa Internet é aguardado que sejam consignadas as suas dúvidas na pequena caixa de entrada de dados que se encontra centralizada. Assim, escreva, iguale-se a seus sequazes — isto é, quase todos os internautas — e deixe-se ser por ele seduzida (e deduzida) ou seduzido (e deduzido).
Em dirimindo nossas dúvidas — mas sempre atendendo a seu critério de seleção —, o Google descobre os segredos que temos, com quem nos correspondemos, que sites visitamos (e que frequentamos), do que gostamos, o que gastamos. Isso porque o Google administra o maior banco de dados jamais concebido na História da Humanidade.
Este vidente bítico sabe muito mais sobre nós próprios do que nós imaginamos. É o verdadeiro Big Brother de Orwell. Pede para abrirmos mão de nossa privacidade, de nossas informações e, principalmente (para o Google), de eventuais direitos autorais — sem futuro direito a carta de alforria. O mesmo ocorre em seu tentáculo representado pelo YouTube.
Com seu sistema de mapas online (o Google maps), o mais utilizado procurador da Internet desmistifica a crença jurídica de que o direito à privacidade depende dos cuidados de quem a deseja. Afinal, como nos protegermos dos satélites a serviço desta internética Hydra? Como pontuei em provocação dirigida ao Ministério Público do estado de São Paulo, mostrar fotogramas de todos os rincões do planeta não é uma vitória tecnológica a ser aplaudida — a par de ser uma vitória tecnológica. Isto é uma afronta à nossa privacidade.
Tal intrusão é um acinte [provocação] a um direito fundamental garantido por tratados internacionais, pela Constituição Federal, pelo Código Civil e pelo Código de Defesa do Consumidor.
Mas essas velhas proteções não valem mais. Tudo aquilo que muros, por vontade de quem os ergue, tentam ocultar, passa a ser devassado e jogado na cova da propriedade comum, ou melhor, do fuxico comum, graças a estes fotogramas aéreos. Tirar fotos de uma casa, a partir da rua, e disponibilizá-las? Não há como se vislumbrar quaisquer problemas, eis que as ruas são coisa pública. Mas... Sacar fotos aéreas e disponibilizá-las na Web para fofoqueiras de plantão — ou mexeriqueiros ad hoc — é outra coisa e completamente diferente. Com muros é possível as casas serem protegidas para não serem vistas por quem passa pela rua, como já o disse. Entrementes, o que fazer com quem passa por cima das casas? Enfim, existem limitações para nossa vigilância física.
Na Comunidade Européia, nos Estados Unidos da América nortista e no Canadá, a questão aqui discutida desperta, presentemente, incisivas discussões. Há um caso em que um paparazzo foi condenado a indenizar a filha da princesa do Mônaco, Caroline, por tê-la fotografado do alto de uma árvore do lado oposto do muro que protegia sua casa. Alexandra, então com cinco anos, filha da princesa Caroline e do príncipe Ernst de Hannover, no final de 2004 recebeu a maior indenização já paga a um menor: US$ 94 mil.
O Código de Conduta da Comissão de Reclamações contra a Imprensa do Reino Unido também é incisivo quanto ao respeito à privacidade, tanto que dispõe que “intrusões e perguntas que invadam a vida privada de um indivíduo sem o seu consentimento, inclusive o uso de máquinas fotográficas de longo alcance para tirar fotos das pessoas em propriedade privada sem sua autorização geralmente não são aceitas e a publicação só pode ser justificada quando for de interesse público”. A União Europeia, por sua vez, discute as ações intrusivas do Google e do Yahoo!. Nos EUA, em março de 2008, “atendendo” a um pedido do Pentágono, o Google retirou de seu serviço as imagens online que dizem respeito a áreas militares, por se tratar de questão de segurança nacional.
Neste rincão supra-Equatorial [EUA], cidadãos, cônscios de suas prerrogativas constitucionais e infra-constitucionais, começam a processar o Google por invasão de privacidade. No entanto a política bushiana parece ter influenciado o Judiciário a desrespeitar a privacidade.
No Canadá o mesmo acontece. O Google nos “dá” o direito de compartilharmos suas “maquininhas” fuxiqueiras para invadirmos a privacidade dos que nos são próximos. Mas em troca ele deseja ter acesso a nossos segredos mais íntimos — e os daqueles que nos são próximos.
Entre as últimas atrocidades perpetradas pelo Google se encontra o Google Latitude. Seus lacaios [bajuladores], “aqueles que nada têm a esconder”, vociferarão: “mas quem não quiser utilizar este serviço não utiliza e ponto”. Só que a questão não é tão bisonha assim e certamente antes de eu concluir estas mal traçadas linhas, algum precoce (ou nem tanto) garoto já terá descoberto como habilitar o celular de um terceiro e, com o mecanismo disponibilizado pelo Google, monitorá-lo. Presentão para a indústria do sequestro.
Os sistemas informáticos estão mais espertos, não tenho dúvidas, do mesmo modo que aqueles que desafiam estes sistemas estão mais espertos. Por sua vez, os ciberativistas me parecem descafeinados e anoréxicos.
A grande ameaça, a real ameaça à sua privacidade — tenha em mente —, maior que o sistema institucional violador de direitos civis do governo da América supra Equatorial, é o Google. É inconteste que este perigo guarda charme e conquista as massas com a máxima: “Tudo que aqui é oferecido é grátis!” — como se existisse um almoço que não fosse pago por alguém.
Advogadas e advogados e procuradoras e procuradores e juízas e juízes e todos os profissionais do Direito: é hora de unirmos nossas forças e pensarmos em formas objetivas de frear a devassa de nossa privacidade porque, ao contrário dos Estados Unidos da América nortista e da Comunidade Europeia, nós, no Brasil, temos uma Constituição e Códigos para obstar tal prática.
Fonte: Diário da Profecia
Mafioso é preso graças a site pessoal na Itália
A polícia da Itália prendeu um dos mafiosos mais procurados do país, graças a um site de relacionamentos.
Pasquale Manfredi é apontado como chefe do clã Nicósia-Manfredi, que controla a região de Rizutto, na Calábria. Ele estava foragido desde novembro do ano passado.
Segundo autoridades, a prisão foi possível porque Manfredi acessava diariamente a página pessoal no site Facebook. A partir de um esconderijo, o mafioso usava um modem para usar a internet e o sinal acabou captado pela polícia.
Notícia publicada pelo Band News (16/03/2010)
Anzóis virtuais, não é mesmo?
Tendo 'em mãos' o IP do nosso computador, a rede consegue identificar em que cidade estamos; não temos como nos esconder ao navegar pela Web. Mas através de um pacote de ferramentas do Google, que além de úteis e fáceis de usar são indispensáveis, as liberdades individuais vem sofrendo maiores limitações, como vimos nessa matéria.
Tais ferramentas, indiscutivelmente, são interessantes, funcionais, úteis, gratuitas... Entretanto, elas tem o seu preço. Apesar de que sejam aparentemente inofensivas, nos bastidores é que as coisas 'acontecem'. No Orkut, por exemplo, você coloca tudo o que o Google precisa saber sobre a sua pessoa. Suas fotos, seus vídeos, onde você mora, quem são seus amigos, os lugares que frequenta... pronto! Um catálogo completo nas mãos da elite mundial (maçônica), sem esforço nenhum, em troca da sua conveniência. O mesmo ocorre com o Gmail, Youtube, Blogger (!), Google Earth e daí por diante. Estamos dando a cara pra bater, realmente.
Nós vivemos em um mundo de facilidades cada vez mais crescentes, mas à medida que estas facilidades crescem, o preço da conta aumenta. Não é de graça que inventaram o GPS e as maravilhas googlianas. Em um futuro próximo, creio que será possível encontrar qualquer pessoa no mundo, para que a marca da besta (o domingo) seja "insistentemente oferecida" e, portanto, "conscientemente imposta".
"Não vai longe o tempo em que a prova sobrevirá a toda alma. A marca da besta nos será recomendada com insistência. Os que, passo a passo, cederam às exigências do mundo e se sujeitaram a costumes mundanos não acharão difícil submeter-se aos poderes dominantes, de preferência a expor-se a escárnios, insultos, ameaças de prisão e morte. O conflito é entre os mandamentos de Deus e os mandamentos de homens". (Eventos Finais, página 173).
"...e quem viver, verá".
Um adendo a estas questões:
Alguém pode pensar... "Ah, mas isso é teoria de conspiração!"
Bom, na minha opinião, já existem PROVAS e não apenas EVIDÊNCIAS; portanto, não é correto dizer "TEORIA da conspiração" e sim "LEI da conspiração". Quer um exemplo? Os 'hackers' que descobriram a manipulação de dados para confirmar o grau antropogênico (causas humanas) do suposto aquecimento global. Todo mundo sabe que foi uma montagem, uma armação para ser usada na Conferência de Copenhague, realizada em 2009, e que acabou vazando. Essa conspiração tem apenas evidências de fraude? Não. As provas, isto é, os e-mails dos "cientistas" do IPCC, foram divulgados.
Para complementar:
"Ninguém (em são juízo e minimamente informado) nega que as tragédias climáticas têm aumentado. Elas são um sinal do fim prenunciado nas profecias bíblicas (o número crescente de terremotos é ainda mais evidente como sinal, já que esses eventos catastróficos independem da ação humana). O que deveria ficar claro é que há pessoas e grupos se utilizando da bandeira do aquecimento global para levar avante planos políticos e religiosos. Para isso, exageram o papel antropogênico (culpa humana) e se valem da engenharia social para manipular medos e aprovar leis que vão tolhendo as liberdades individuais e a soberania das nações". Michelson Borges, do Blog Criacionismo.
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